Lembrança de si mesmo

seja seu melhor

Lembrar de si mesmo significa a mesma coisa que estar ciente de si – significa “eu sou“. Às vezes vem por si mesmo; é um sentimento muito estranho. Não é uma função, não é pensamento, não é sentimento; é um estado diferente de consciência. Por si mesmo ele vem apenas por momentos muito curtos, geralmente em arredores completamente novos, e dizemos para nós mesmos: “Que estranho. Eu estou aqui“. Isso é lembrança de si, neste momento você lembra de si mesmo.

Quando tentamos manter todas essas coisas em mente e observarmos a nós mesmos, chegamos à conclusão muita definida de que no estado de consciência em que estamos, com toda essa identificação, consideração, emoções negativas e ausência de lembrança de si, nós estamos realmente adormecidos. Nós só imaginamos que estamos acordados. Por isso, quando tentamos lembrar de nós, isso significa somente uma coisa, nós tentamos acordar. E conseguimos despertar por um segundo, mas em seguida dormimos novamente. Este é o nosso estado de ser, então realmente estamos dormindo. Podemos acordar apenas se corrigirmos muitas coisas na máquina (corpo/mente/sentimento), e se trabalharmos muito persistentemente sobre esta ideia de despertar, e por um longo tempo.

A expressão, “lembrar de si mesmo” é usada especialmente, intencionalmente, porque em conversas comuns muito frequentemente dizemos: “Ele esqueceu de si mesmo“, “ele não lembrou dele mesmo“, ou “ele lembrou de si mesmo à tempo“. Na realidade, nós nunca lembramos totalmente de nós mesmos. Nós nunca lembramos no momento. Nós nunca percebemos que estamos presentes, que estamos conscientes, de que estamos aqui. Isto deve ser entendido, e, ao mesmo tempo, é preciso entender que, se fizermos esforços suficientes e por um período suficientemente longo, podemos aumentar a nossa capacidade para lembrar-se de nós mesmos, começamos a lembrar-nos com mais frequência, começamos a lembrar-nos com mais profundidade.

P. D. Ouspensky

Para nos conhecermos precisamos nos auto-observar e investigar nossas reações, identificações, projeções, lembranças, hábitos, condicionamentos, gostos e desgostos, desejos e rejeições, observar o que ocorre em nosso coração e em nossa mente no momento presente, de instante em instante. Nenhum evento é inútil, nenhuma situação deve ser desprezada, nada deve passar despercebido ou não observado. Todas as situações podem ser aproveitadas para aprendermos mais sobre nós mesmos. Todo nosso tempo pode ser aplicado nesse objetivo, na Auto-Observação íntima de si mesmo.

Ninguém muda nada em si mesmo, em seu comportamento, em sua maneira de ser, se não perceber que algo está errado, que algo pode ser corrigido, refinado, melhorado. E é sómente a auto-observação do que ocorre dentro e fora de nós mesmos que possibilita esta percepção. Se implementarmos isso em nossas vidas, nos tornaremos um objeto de estudo para nós mesmos. Com a auto-observação vamos nos conhecendo e nos familiarizando conosco.Infelizmente, nossa capacidade de auto-observação está atualmente atrofiada, já que vivemos olhando para fora, projetando e fantasiando, julgando e criticando os demais. Mas esta habilidade pode ser recuperada e desenvolvida pela prática constante. Atualmente, nossa atenção é zero, é dispersa, mas para mantermos a auto-observação, precisamos dirigir e sustentar a atenção, e para tanto precisamos desenvolver a concentração. A capacidade de concentrar-se é necessária para a auto-observação. Para desenvolvermos a concentração e a auto-observação precisamos ter uma forte intenção de manter a atenção.

Pratique lembrar da sua própria presença:

Uma das minhas sugestões é que logo pela manhã você se pergunte: Como estou hoje? Escreva e coloque em algum lugar visível, não tenha receio da resposta, medite a respeito por alguns minutos. Depois encontre formas de ser generoso consigo mesmo. Por exemplo, se a resposta foi “hoje estou desanimado porque tenho uma reunião difícil no trabalho”, que tal se poupar um pouco? A ideia é não se colocar em situações que vão exigir de você mais do que pode doar.

Essa é uma das questões que sempre devemos fazer antes de iniciarmos nossa pratica de Yoga e colocar a intenção gentil de fazer apenas aquilo que o corpo esta disponível e precisando naquele momento.

Esse será o tema do próximo retiro agora no final deste mês na Fazenda Lila em São Bento do Sapucaí, quem estiver interessado segue info abaixo:

YOGA ALIVE – SÃO BENTO DO SAPUCAÍ


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