A Páscoa em quarentena!

Páscoa (em hebraico) significa literalmente “passagem”.

Significava à passagem do inverno para a primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente, momento em que os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos. A simbologia da Páscoa indica, direta ou indiretamente, sempre a mesma ideia: a ressurreição de Cristo e a vitória sobre a morte.

Toda a Sadhana ( pratica espiritual) tem como objetivo nos levar ao entendimento do reconhecimento de que somos Brahman, aquele portanto que é a verdade básica de tudo o que existe – aquele que não possui forma nem qualidades, que não nasce e não morre, ao mesmo tempo é inerente a tudo que existe.

Porém, em um corpo me identifico com Jíva, o indivíduo, um ser inteligente, mas com poder limitado. O ser responsável pela criação de todo o universo tem que ser inteligente, pois toda sua criação é relevante, é ter um poder ilimitado, diferente de jíva.

Jesus como um Yogi, tinha uma total clareza a respeito de qual era a sua verdadeira natureza. Ele tinha uma justa apreciação dos aspectos mutáveis e transitórios do seu ser e daqueles permanentes e imutáveis. Sua ressurreição significa a libertação da sua consciência das limitações mortais.

Yoga é a união da alma individual com o Ser supremo. (Atman em Brahman), é ter a consciência de que como indivíduo vivendo em um corpo de matéria, percebo uma inteligência maior que mantém o Universo em perfeito funcionamento, em ordem, de forma impessoal, descubro que posso confiar. Isso porque são leis que não falham.

Como dizia Sri Swami Dayananda: “Deus não é infalível. O infalível é Deus.”

Entender essa ordem, é entender todo o universo, é entender jíva, o indivíduo.

E ai sim a Páscoa é:

“Sou um Jiva a renascer
Atman em Brahman
Pleno em luz
Vivo buscando a ti entender
Da madrugada ao entardecer
Em mim em ti
Atman em Brahman” Udiyana Bandha

Em tempos de eminente medo da morte, onde confinados em nossas caixas, estamos sendo convidados a ressuscitar!!

Como dizia Paramahansa Yogananda:

“Precisamos aprender por meio da meditação, ressuscitar a mente do túmulo dos desejos materiais e do confinamento corporal para a consciência da onipresença.

Ressuscite sua tranquilidade, que está sepultada sob o solo da inquietude; ressuscite sua sabedoria, que permanece oculta sob a mortalha da ignorância mundana; ressuscite seu amor, que está enterrado sob o solo dos mundanos apegos humanos – com seu limitado amor pela família, pela sociedade e pelo país –, transformando-o em amor divino por todos.

Assim como Jesus no estado de êxtase retirou do corpo sua mente e a unificou com o Espírito onipresente, você também, por meio da meditação constante, desenvolva dentro de si a consciência de Cristo e, por meio dessa consciência, una sua alma com o Espírito onisciente, una sua vida com a Vida Eterna.”

RESSUSCITEMOS!!!

AMOR, AMOR, AMOR
PAZ, PAZ, PAZ
(DENTRO E FORA!)


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