Mães, avós e irmãs

Mãe é quem tem uma disponibilidade afetiva, um coração aberto, por isso muitos dizem: “Minha mãe está sempre de braços abertos para me acolher””. Mãe é colo, aconchego.

que não sabemos ao iniciar a jornada é que essa missão de serviço é incondicional, ultrapassa o tempo, as forças físicas e emocionais e não nos poupará nada, até a última lágrima. Lágrimas de preocupação, ira, desilusão, mas também de alegrias que não cabem no coração e transbordam pelos olhos. Uma vez mãe, sempre mãe! 

Maria, Mãe de Jesus, aprendeu que amar seu Filho lhe custaria muito mais que admiração, inquietações ou falta de sono. Seu amor por Ele levou-a ao cume do sofrimento, da rejeição, do medo, mas também, por sua fidelidade, a viver, antes de todos, aquilo que nos foi prometido: ir para o Céu em corpo e alma, junto à seu Filho! 

Sou encantada por historias de mulheres bíblicas, meu livro agora tem sido- “A tenda Vermelha” de Anita Diamant, que conta a historia de Dinah filha de Jacó, o registro de sua existência estava apenas em um único capítulo da Bíblia, em Gênesis.

“ Se você quiser compreender qualquer mulher, precisa antes perguntar sobre a mãe dela e depois escutar com atenção o que é dito. Histórias sobre comida revelam uma forte ligação entre elas. Silêncios pensativos indicam questões não resolvidas. Quanto mais detalhes sobre a vida da mãe a filha parece conhecer – sem se perturbar nem se queixar –, mais forte é essa filha”.

Dinah, esta personagem deixada de fora dos relatos bíblicos, é representada devidamente e ainda nos faz refletir sobre nossas relações atuais com todas as mulheres de nossas vidas.

O que mais gosto dessa historia é a forte relação das mulheres, antigamente, elas tinham conexão e tradição muito mais forte do que vemos hoje em dia, as práticas, magias e saberes eram passados de mãe para filha em uma poderosa corrente para se manter viva a sabedoria, a “sabedoria das avós”.

Não só a mulher, mas o ser humano tinha proximidade muito maior com a natureza, sabendo que toda a cura para suas enfermidades estava (e está) sempre ali a disposição.

Assim como no livro que se transformou em uma serie na Netflix ( super recomendo), era de comum costume as mulheres se reunirem em tendas – ou ainda a prática mais moderna de se reunirem na calçada – para contar causos e compartilhar da sua sabedoria de vida.

Nesse corpo feminino, carregamos dores, dramas, conflitos, questões, dificuldades, abusos, medos e crenças que fizeram parte da trajetória pessoal e familiar. 

Analisar a história de nossas mães, tias, avós, bisavós, pode trazer à luz uma série de crenças e dificuldades que temos e para as quais não encontramos resposta. Por mais que rejeitemos a nossa historia assim como fez Dinah, em um momento de nossa trajetória esbarramos em nossa memórias da nossa linhagem que pede a cura e assim podemos ser um grande ponto de mutação de toda nossa ancestralidade, dar fim a ciclo de comportamento nocivo ou vicioso de erros, para que eles não cheguem até as próximas gerações. Pode colocar uma nova perspectiva à forma com que nos relacionamos com o Masculino, em especial nossos parceiros e filhos, e a todos em geral. Pode explicar medos e dores que sentimos sem um motivo real. É libertar a si mesma e a todas as mulheres que nos antecederam. 

 

Por um instante busque na companhia de si, um momento de introspecção, de quieta contemplação e em oração peca pela liberação da dor ancestral de toda a sua linhagem feminina: 

 

“Amadas mães, avós e irmãs…

Hoje e para sempre

Soltamos as recordações dolorosas que nos unem àqueles atos, pensamentos e sentimentos presentes na nossa linhagem feminina, onde está envolvida a linhagem masculina em seus piores aspectos.

Pelos maus tratos à nossa Essência Feminina em palavras, atos, pensamentos e sentimentos.

Eu sinto muito.

Me perdoe.

Te amo.

Sou grata.

Onde a obrigação estava acima do amor

Onde a indiferença era aceita como algo “lógico” pelas nossas tarefas cotidianas.

Eu sinto muito.

Me perdoe.

Te amo.

Sou grata.

Quando o descanso quase não existia, pois nosso ritmo de trabalho era muito além do nascer e do pôr do sol.

Eu sinto muito.

Me perdoe.

Te amo.

Sou grata.

Quando o amor do homem para a nossa Essência Feminina era um ato para sua satisfação pessoal, esquecendo nossos sentimentos profundos de amor, nossa entrega cotidiana, nosso amor em silêncio apesar da desvalorização, a indiferença e a falta de amor.

Eu sinto muito.

Me perdoe.

Te amo.

Sou grata.

Pelas memórias ancestrais de toda a nossa linhagem feminina familiar e mais além dela.

Eu sinto muito.

Me perdoe.

Te amo.

Sou grata.

Pela cura total, pela liberação total de toda ferida de ontem e de hoje.

Eu sinto muito.

Me perdoe.

Te amo.

Sou grata.

Hoje e para sempre nos perdoamos, nos amamos no respeito absoluto da nossa Essência Divina Feminina, para ser fonte viva de amor ilimitado.

Curando todo ressentimento.

Perdoando cada ferida recebida.

Amando a todos por igual.

Eu sinto muito.

Me perdoe.

Te amo.

Sou grata.

Renascemos em nós mesmas em nossa nova Linhagem Divina Feminina onde a paz, o amor, a compaixão e a misericórdia como laços de cura unem o separado, cicatrizam o machucado, soltam o rancor e a ira.

Renasce em equilíbrio perfeito onde o Feminino e o Masculino são livres, sãos e complementares.

Amantes do Amor Ilimitado.

Assim é, assim está feito.”

 Oración de liberación del dolor ancestral del linaje femenino de Ashamel Lemagsa

AMOR, AMOR, AMOR 
PAZ, PAZ, PAZ
(DENTRO E FORA!)


Categorias: Blog, Filosofia

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