soltando as amarras…

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Talvez o maior trabalho de nossas vidas seja resgatar a criança que deixamos se perder na nossa estrada. Fomos muito abandonados, muito abandonados pelos lugares aonde andamos, pelas instituições pelas quais passamos. Nos uniformizaram, pintaram nossos rostos, esconderam nosso ser, nos entortaram e nos endireitaram. Fomos moldados e nos moldamos de acordo com as conveniencias institucionalizadas pelas escolas, pelas familias, pelas religiões.
Nosso foco foi tirado de nós mesmos, de nossos sentimentos mais intimos advindos da nossa relação com o mundo e com as pessoas e colocado em nossas metas, nosso impacto social, nas aparências e nas conquistas. Construimos castelos, edificamos pontes, construimos barreiras, formamos nossos poderes. Criamos milhares de artificios e nos identificamos com eles para nos proteger, salvaguardar, enriquecer e controlar. Precisavamos, ou precisamos a todo custo, ser poderosos. Tornamo- nos competitivos, vaidosos e inertes. Inertes no sentido de uma transformação interior, de um evoluir humano.
Crescemos e nos movimentamos em um eixo, mas nos atrofiamos em outro. Acumulamos posses, dinheiro, titulos e até mesmo conhecimento e perdemos contato com a nossa essência, com a nossa alma, e , porque não dizer, com o divino que existe em nós.
Tornamo-nos artificiais, numa luta vã e cega. Tornamo-nos, muitas vezes, inconsequentes, destrutivos, e maus porque perdemos o contato com a essência das coisas, das pessoas e da vida.
Ficamos fascinados, hipnotizados, ou mesmo encantados com nossas conquistas, espelhos e quinquilharias que supostamente nos amparam, mas que nos sufocam na promessa de nos trazer segurança e conforto.Tornamo-nos sonâmbulos agentes de um mundo artificial, fantasioso e falso. Almas penadas em busca da salvação. Qual o caminho que poderia nos trazer de volta e nos libertar? Nos libertar para uma vida mais plena, íntegra e essencial? Uma vida rica em contato?
Contato com nós mesmos, com o outro, com o mundo e com as coisas ou seres muitas vezes inimagináveis, por nós.
É preciso que sejamos ativos, desapegados e despretensiosos de forma a nos comprometer mais com o processo de se estar vivendo do que com o resultado ou com os ganhos de nossos atos.
(Oráculo do pão)


Categorias: Saúde

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