Feminino e Masculino- A igualdade na diferença

LARGE_BLOG_MASCULINO_FEMININOA energia da natureza e dos seres humanos é composta dos elementos femininos e masculinos atuantes em nossa psiquê e em nossa biologia. O feminino é a alma assim como também a matéria, é o aspecto menos racional, que se movimenta de modo bem mais espontaneo, natural, receptivo, uma parte que aceita a vida sem julga-la. O masculino é o principio do poder. Segundo Joseph Campbell:“- O lado esquerdo, onde está o coração, é símbolo das virtudes e dos perigos femininos. Maternidade e sedução, os poderes da lua sobre as marés e substâncias do corpo, os ritmos das estações; gestação, nascimento, alimentação e criação dos filhos; encanto; beleza; êxtase; por outro lado igualmente malícia e vingança; irracionalidade; fúria; magia; venenos; feitiçaria”. O lado direito é símbolo do macho: ação, armas, feitos heróicos, proteção, força bruta, justiça cruel e complacente; as virtudes e perigos masculinos: egoísmo e agressão, raciocínio lúcido e luminoso, poder criativo, mas também a maldade fria e insensível; espiritualidade abstrata, coragem cega, dedicação à teoria e força moral”. Os princípios feminino e masculino, são qualidades vibratórias da energia que é neutra e que permeia todo o universo. Ambos necessários para descrever adequadamente a realidade que conhecemos, são tendências opostas e complementares, presentes em todos os seres vivos. Todo movimento, toda expressão, todo comportamento é constituído de uma mescla de ambas as polaridades, ainda que em proporções diferentes. Porem vivemos ja há alguns séculos num mundo em que feminino e masculino são uma polaridade desequilibrada. Woodman, diz que a perda da ligação com a nossa alma, a perda da lunação com a nossa feminilidade, pode ser a causa real de nossa angustiada situação de vida. Esta perda de algo tão essencial especialmente para a mulher, a força a questionar sua própria feminilidade, consolidando o longo debate histórico acerca da posição das mulheres na sociedade. Para o homem, a perda da energia feminina é menos óbvia, porém reduz as profundezas emocionais de sua personalidade. E é fonte da maior parte do seu descontentamento, solidão, sensação de falta de sentido e mau humor. Há alguns milênios, vivemos sob o cunho de uma cultura patriarcal, moldada por e para os homens que garantem a sua soberania e poder. Um cultura onde o patriarcado é confundido com a masculinidade, onde a feminilidade é defendida pelo poder e força, que ela tão ardorosamente menospreza, e a consciência corporal confundida com uma espécie de trabalho de musculação totalmente surdo as mensagens que o corpo emite. Vivemos como sonâmbulos, não dando ouvidos aos anseios da alma, como por exemplo quando não denunciamos expressamente uma mentira ou quando ignoramos uma paixão que nos sufoca. Buscamos ser ricos em coisas materiais e acabamos sendo tão pobres em valores femininos. No oriente, a apreciação da feminilidade ocupa lugar infinitamente elevado no caráter do povo, fazendo com que sejam mais enraizados em seu corpo, suas disciplinas espirituais incorporam esse enraizamento. Na Índia, existem paz e felicidade nos lugares mais inesperados. Em troca das modernas conquistas tecnológicas, essas pessoas conservaram seus valores femininos. Ja no ocidente, reinam os valores masculinos. Nós, ocidentais, sabemos que há, no oriente, um ingrediente essencial do qual precisamos para curar a pobreza emocional de nossa cultura. O Hatha Yoga é um sistema de práticas desenvolvido para o despertar da energia psíquica potencial humana (Kundalini) por meio do esforço físico. Ha = Sol e Tha = Lua, o que significa que o esforço extremo depende da integração das duas forças solar (masculina) e lunar (feminina), para o despertar da potencialidade humana. Estamos portanto falando de fertilidade, em toda a sua extensiva expressão, como integração de forças. É uma disciplina que nos ajuda a resgatar esse principio feminino e também a reconhecer nosso aspecto masculino, expandindo nossa consciência, para que possamos apreciar e valorizar o que há de melhor no masculino e no feminino e a buscar o equilíbrio de ambos, encontrando a igualdade na diferença. Namaste!


Categorias: Saúde, Yoga

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