Eu te abraço para abraçar o que me falta

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Esses dias estava conectada no site da Amma, Felipe (meu filho) que estava sentado ao meu lado, vê a foto dela e me pergunta quem era, conto que é uma líder espiritual, defensora e porta-voz de grandes causas humanitárias, que seu nome significa mãe, e assim como uma mãe tem servido a comunidade por décadas, dando sabedoria, força e inspiração para seus filhos, através de seus atos extraordinários de amor, força interior e auto-sacrifício.

Conto que eu gostaria muito de receber um abraço dela, curiosa por decifrar o significado dessa experiência. Amma oferece o seu abraço maternal, conhecido como seu darshan, a milhões de pessoas em todo o mundo, através dele transmite o que está registrado nas profundezas de sua alma: um amor incondicional, e quando as pessoas abrem seus corações, ela lhes oferece consolo emocional, orientação espiritual, e soluções para os seus problemas.

Felipe com teu senso de humor, me diz: “…mas mãe você vai assim tão longe pra receber um abraço?” Não tive como não cair na risada…ele ainda completa. “Você não precisa ir ate a India, eu te dou um abraço!” Me fez chorar…

Tenho que concordar com Rubem Alves, que dizia: “Eu te abraço para abraçar o que me falta”. Pois abraço nos reconecta com aquilo que precisamos, com o que nos faz falta, com o que nos alivia.

Às vezes, a gente só quer um abraço que diga que vai ficar tudo bem, uma garantia de que não estamos sozinhos, um colo onde repousar a cabeça, uma atenção cuidadosa e um silêncio repleto de significado.

Este contato, suave e prolongado, libera vários hormônios que estimulam a felicidade e a plenitude. É como se estivéssemos satisfeitos com a ternura por um momento. Um contato especialmente verdadeiro hoje, onde o mundo virtual nos limita cada vez mais em nosso próprio mundo.

A originalidade da abordagem do estudo da psicóloga clinica Céline Rivière, é considerar o abraço à luz de alguns avanços científicos recentes em neurociência e na genética. Céline avalia que oito a dez abraços por dia são necessários para o nosso bem estar. «Os abraços em si são uma terapia, pois eles mudam nossa maneira de ser, nosso olhar sobre o mundo e sobre nós mesmos », ela escreveu.

Os abraços desencadeariam a produção de ocitocina, muitas vezes denominada, «hormônio da felicidade » ou «néctar de cura». Os impactos dos abraços (de ordem não sexual) têm um efeito calmante significativo sobre a frequência cardíaca e na pressão arterial.

Abraço é calma, encontro de almas, artimanha perfeita para vencer qualquer dúvida ou saudade. É afeto que povoa o mundo de amor sincero. É entrega não da boca pra fora: da alma pra dentro, pois no silencio ele traduz afeição, ele fala, acolhe, protege, acalma, consola. Pode expressar “estamos juntos nessa”, “eu te quero muito bem” ou “ninguém é forte sozinho”. Traduz compaixão, “vamos dividir essa tristeza”, “vem cá me dá sua dor”.

Abraço, acolhe reencontros, saudades, aflições, desejos…

…Celebra alegrias, vitórias, realizações e recomeços.

Abraçar, portanto, é uma actividade do Chakra cardíaco, centro do amor vivo, está associado ao coração, ao sistema sanguíneo, ao plexo cardíaco e, ainda, aos pulmões e a toda a área do peito, a glândula endócrina: Timo, que controla o sistema imunológico. Quando você dá um abraço a alguém, está consciente do que sente a outra pessoa, noutro corpo, tal como ela tem consciência do que você sente no seu corpo, gerando-se, assim, um sentimento de relacionamento interior entre duas pessoas e consigo mesmo.

Nos momentos em que pareço mais imperfeita, é justamente quando mais preciso de um abraço, é como se ele me recomposse, como se juntasse minhas pequenas partes espalhadas, me dando a certeza de que não estou sozinha, do meu lugar nessa dimensão humana, me sinto além da forma, me sinto no ser, na junção de dois corpos, me reconheço como um, reconheço a dimensão sem forma, reconheço a minha natureza no abraço do outro, a maior expressão de amor verdadeiro. Afinal amar é reconhecermos a nós mesmos no outro.

Que possamos abraçar mais, que hajam mais os ”free hugs” (abraços gratuitos), pra nos acolher e aquietar nossos corações.

NAMASTE


Categorias: Blog, Saúde

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